domingo, 17 de julho de 2011

Respiro fundo antes de começar a digitar. É díficil colocar para fora algo que esta tão prensado dentro do peito. E digo do peito, sim, e não do coração, pois a dor aguda e compresora que sinto está claramente localizada no peito. Mais detalhadamente, na caixa toráxica. É algo que você pode afirmar com certeza de que não vai, e ao mesmo tempo vai te matar. Psicológicamente, e talvez até mesmo físicamente. Quem pode afirmar?

Puxo o ar mais uma vez, o mais profundamente possível, tentando expandir as costélas ao máximo e talvez conseguir respirar decentemente mais uma vez, dentre meses. Palavras colocadas para fora já não são mais o suficiente. A sensação é a de um monstro que a cada dia cresce mais e exige mais de você. Fico me perguntando quando chegará o dia em que nem sequer levantar será possível para mim.

Pego a caneca com café, trazendo-lhe até a boca e me servindo de um longo gole. Posso sentir o líquido negro descer garganta abaixo queimando, reconfortando meu corpo até os pensamentos voltarem a me assolar. Será que um dia não serei mais capaz de levantar o braço para poder beber dessa caneca?

Make it stop.

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